Por Tomás Vicente, neste blog
Há Histórias e Histórias...
Histórias há muitas? Não! Há HISTÓRIAS e histórias. Há umas boas, que
fazem os olhos voar ao sabor das páginas e a imaginação ao sabor do
vento da história; há outras menos boas, um meio-termo, que podem até
estar bem escritas, ter um vocabulário rico, uma abordagem interessante
mas que, por alguma razão, não nos falam ao coração; há também aquelas
que são o "pãozinho sem sal" das bibliotecas e que não aquecem nem
arrefecem, são fáceis de ler e nas quais os seus autores não mostram
significativo talento; depois há aquelas que já nem merecem, não digo um
lugar na prateleira, porque, à semelhança das crianças, os livros não escolhem o conteúdo,
que se lhes dê muita atenção, quer sejam tolas ou arrepiantes. E, acima
de tudo, há aquelas histórias que ficam na memória para sempre, não
importa quantas outras desfilem, depois, à frente dos nossos olhos.
Neste texto, quero, acima de tudo, partilhar a opinião que me ficou da
leitura de um livro que descobri, o ano passado, na biblioteca da nossa
escola
Apesar de, muitas vezes, termos oportunidade de constatar que as
prateleiras são, cada vez mais, invadidas por histórias muito pouco
enriquecedoras, não se pode dizer exactamente que seja muito difícil encontrar livros realmente bons. Ainda assim, quando requisitei à biblioteca e li o livro Escrito a Lápis, de Margarida Fonseca Santos, fiquei maravilhado.
Este é, sem dúvida, um daqueles livros que, depois de lidos, jamais se
esquece. A história, de uma rara pureza singela e realista - e, ao mesmo
tempo, com um quê de onírico - é uma das mais belas que já li - e,
também, uma das mais comoventes!
É raro alcançar-se um livro que exponha tão habilmente a complexidade da
relações humanas e a variedade de panos de fundo que as emoções dos
seres humanos podem tecer. É raro ler-se um livro, ao mesmo tempo tão
terreno e dotado deste alcance formidável e intemporal. Digo intemporal
porque, por muito que as expressões do sentir tenham, ao longo dos
séculos, evoluído e se tenham diferenciado, o sentir humano não conhece
barreiras temporais e atravessa os séculos, intocado, inalterado e
imaculado.
Neste livro, Margarida Fonseca Santos pinta, em traços firmes e simples,
um quadro que nos dá a conhecer a cara e a expressão da verdadeira
Amizade e do verdadeiro Amor. Um livro a ser lido e relido, pois tem
muito para ensinar a cada um de nós, que, por vezes, com a azáfama dos
dias, nos esquecemos do aspecto verdadeiros destes dois conceitos
metafísicos que constituem um dos pilares da existência do ser humano
enquanto tal.
Tomás Vicente (ex-aluno)

Comentários
Bjs
Um grande beijinho
Beijos enormes!