Escrevi esta letra para o Navio dos Rebeldes
(peça que escrevi sobre a crise académica de 62, teatro da trindade)
Hoje, dia 21 de Setembro, que vamos debater sobre o processo A Filha Reblede (SPA Lisboa), 18h30, apteceu-me partilhá-la convosco. É a canção do PIDE...
IMUNDOS
(peça que escrevi sobre a crise académica de 62, teatro da trindade)
Hoje, dia 21 de Setembro, que vamos debater sobre o processo A Filha Reblede (SPA Lisboa), 18h30, apteceu-me partilhá-la convosco. É a canção do PIDE...
IMUNDOS
Estes filhos que eu já não conheço
Inventando razões sem sentido
A coragem que tanto me enoja
E a vitória que só eu decido
Os segredos que nunca desvendam
Os olhares que nunca vacilam
A certeza que em nós se revela
Do silêncio que fecha uma ferida
Sinto a
raiva a comer-me por dentro
A inveja a
queimar-me bem fundo
A frieza a
deixá-los suspensos
E o dever a
levá-los, imundos!
Sinto a
força que trazem por dentro
A coragem
que sentem bem fundo
A ameaça a
deixá-los suspensos
Esta farda
a prendê-los, imundos!
Estes jovens que nunca desistem
A gritar uma causa acabada
Com uma força que agora se esbate
Com um brilho que tão bem se apaga
E esta raiva que nunca controlo
A ceifar a pureza da gente
E a destreza a dizer quem domina
Na palavra gritada de frente
Sinto a raiva a comer-me por
dentro
A inveja a
queimar-me bem fundo
A frieza a
deixá-los suspensos
E o dever a
levá-los imundos!
Sinto a
força que trazem por dentro
A coragem
que sentem bem fundo
A ameaça a
deixá-los suspensos
Esta farda
a prendê-los, imundos!
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